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O Dia do Pastor

Hoje fui surpreendido com um presente do dia do pastor. Confesso que havia me esquecido desta data! Senti-me honrado e ao mesmo tempo achei que deveria refletir um pouco sobre o "pastoreio" que exerço. Não me considero um “pastor nota 10”. Acredito que tenho que mudar muitas coisas para alcançar meu ideal, no entanto, preciso também reconhecer que tenho aprendido muitas coisas, com a vida, com pessoas que marcaram meu ministério e principalmente com as “ovelhas”.

Por que esta data? Não poderia haver um dia melhor, como o segundo domingo de tal mês, ou comemorar na mesma data de um importante feriado nacional? Talvez assim seria mais fácil memorizar, não? Eh, mas não é assim. É simplesmente 17 de dezembro. Parece que não tem nada muito a ver, não faz muito sentido, não é? Ah, mas a história, e, sobretudo a história da Igreja Presbiteriana do Brasil, nos conta algo muito interessante. Nesse mesmo dia, no ano de 1865, houve a ordenação do primeiro pastor genuinamente brasileiro, o Rev. José Manoel da Conceição, o “Sr. Conceição” como era conhecido. O ex-padre, o “padre protestante” entendeu que o Evangelho de Cristo é totalmente diferente do evangelho dos homens. Sua decisão foi cismática. Ele rompeu com preconceitos e quebrou paradigmas. Seu coração explodia de compaixão ao ver “ovelhas brasileiras perdidas sem pastor”. Aceitou o desafio: refazer o mesmo caminho de antes, agora com uma mensagem de vida. Cuidar de seu rebanho era algo motivador. Ele fez o que ninguém podia fazer, porque era único, para uma geração específica, com um chamado sui generis. Ele não era perfeito, é claro, mas se destacava ao ponto dos outros missionários americanos da época afirmarem: “... o caráter desse homem, e sua influencia entre o povo, vão ter, fora de toda dúvida, efeito considerável sobre a mente popular[1]”. O Sr. Conceição não somente entrou para historia, mas fez história! Este sim foi um pastor de verdade!

E nós? Que fazemos para merecer as dádivas de um homem assim? Paulo já dizia que quem aspira ao episcopado, grande coisa almeja. É como se ele afirmasse que a recompensa do ministério fosse o próprio ministério! Não há presente maior do que ser um “co-operador” com Deus em Sua obra na vida das pessoas. Creio que o Rev. Conceição conseguiu compreender esta verdade, e ele respondeu com disposição e fidelidade ao que lhe estava proposto, a despeito dos desafios.

Hoje, no dia do pastor, recebi uma gravata de presente. Ah, que gravata pesada! Que gravata sufocante! Contudo, que gravata linda e abençoadora! Ela me fez ver que este é o caminho que Deus propôs para que eu seguisse. Caminho árduo e às vezes com espinhos, entretanto, o único caminho para minha realização! Oh, Senhor, que eu seja um pastor aprovado! Aprovado não por homens, mas simples, única e exclusivamente por Ti! Amem.


[1] Historia da Igreja Presbiteriana do Brasil, vol 1, pg 61

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Anônimo disse...

Esse é o meu pastor amado, em quem me comprazo! rsrsr

Belo texto Luis! Fez-me lembrar das palavras do Hernandes durante o níver da igreja: não há vocação melhor que a de ser ministro do evangelho!

Feliz Dia do Pastor pra vc.

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