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Desafios Para o Exercício Pastoral Relevante e Transformador

Nunca se falou tanto de liderança como nos dias atuais. E tratar de liderança necessariamente nos faz pensar nas nossas lideranças espirituais – os pastores! Analisando o ministério pastoral atual, tenho estado surpreso com a disparidade entre o discurso pastoral e a sua práxis. A sociedade, por sua vez, também tem esperado e cobrado uma ação mais coerente com o que se prega nos púlpitos de nossas igrejas. Mas, quais são os desafios prementes que nossa liderança tem enfrentado a fim de exercer um papel consistente e transformador no contexto brasileiro? Já que ignorá-los não é a melhor solução, fiz questão de listar quatro fatores desafiadores que percebo são de suma importância para um ortopraxia pastoral no cenário brasileiro.

Maturidade Espiritual Consistente. A maturidade espiritual é fundamental para o exercício do ministério pastoral. Infelizmente, na vida de muitos pastores, este fator tem deixado a desejar. Infantis espiritualmente, muitos deles comprometem não somente o evangelho de Cristo, como também suas próprias vidas. Champlin define maturidade como um “estado” resultante de uma vida de crescimento e este crescimento deve ser cultivado propositalmente, de modo constante e consciente1.

Já para J. Dwight Pentecost2, maturidade é contrastada com um estado e/ou uma condição de infantilidade. Ou seja, a imaturidade de uma pessoa o torna “incapaz de caminhar com suas próprias pernas, e de julgar e discernir as coisas corretamente3”. Elias Dantas, falando da linha de tempo de um líder, coloca maturidade como parte de uma das fases cruciais para esse líder. A maturidade ministerial, para ele, se dá “através da identificação e aplicação das ferramentas ministeriais e do bloco de habilidades de uma pessoa4”. A busca, ou a falta, de maturidade na vida de um pastor, afeta diretamente a percepção e o modus operandi de seu ministério. O líder se mostra maduro espiritualmente quando ele aprende administrar as demandas do trabalho e as suas habilidades; quando a pressão do urgente não determina sobre as prioridades essenciais; quando o ativismo não substitui o seu relacionamento com Deus e com o próximo. Diante dos desafios ministeriais, pessoais e sociais, vejo a maturação espiritual do pastor como um fator fundamental para o sucesso de um ministério consistente, saudável e frutífero.

Treinamento Missional. Manfred Kohl citando Bosch afirma que a teologia deve ser acompanhada da missiologia, ele diz: “a igreja deixará de ser igreja, se ela não for missionária, e a teologia deixará de ser teologia se ela perder seu caráter missionário5”. O treinamento visando um ministério pastoral eficaz se emancipa dos limites da sala de aula, dos livros e das teorias. O candidato ao ministério, ou um pastor ou pastora já estabelecido, deve receber um treinamento que case a teologia com a práxis. Ele deve saber o que e como fazer. Por isso a necessidade de mentorear os novos líderes como forma de treiná-los para a tarefa que Deus lhes confiou. Muitos líderes têm errado porque a sua base de formação e treinamento é fraca e vulnerável. Muito desses erros poderia ser evitado se houvesse um acompanhamento de perto durante sua formação. O treinamento em conjunto com a mentoria se faz extremamente necessário para um ministério pastoral eficaz.

Comprometimento com a Comunidade e Cultura Local. É preciso que o pastor seja comprometido com a cultura do povo onde sua igreja está inserida. A irrelevância cultural dos evangélicos, com cara de santidade e espiritualidade, é resultado de uma visão distorcida do mundo e da história. Jonathan Menezes fala que poderíamos ser “identificados com uma ‘subcultura’ dentro da cultura brasileira6”. Infelizmente esta ética da “não-ação7” é uma visão reducionista da realidade cristã e que só será rompida, propõe Menezes, quando nós, os líderes, adotarmos “uma nova postura, mentalidade e visão no que concerne à sociedade e a cultura em que vivemos, em relação ao povo a quem queremos servir; uma postura que reflita o nosso amor e não nossa arrogância e intolerância religiosa8”.

Discipulado Relevante e Provocador de Mudanças. Um desafio existente: ensinar para vida, ensinar para mudanças. Para muitas pessoas, as pregações nos cultos são apenas para o aquele momento, elas não sabem como viver a palavra de Deus no seu dia a dia. Vejo a necessidade de um discipulado diferente. Não para ensinar a Bíblia apenas, mas ensinar verdades e princípios bíblicos que vão provocar mudanças na vida das pessoas, levando-as a tomarem decisões corretas baseadas nos valores do Reino de Deus. É nesta perspectiva que entendo o discipulado cristão. Luiz Augusto relata que “um dos maiores pecados da igreja na sua missão é achar que o discipulado seja mais um método de evangelização9”. Ele defende o discipulado como “um princípio geral que conduz os cristãos a um estilo de vida10”. Penso que um discipulado deste nível se torna um grande desafio para o ministério pastoral na atualidade.

Estes são alguns dos desafios que, creio eu, se destacam nesse processo de exercer o ministério pastoral. Se são desafios, devem ser superados; não podem ser ocultados, numa atitude de omissão, ou mascarados, numa atitude de hipocrisia. Eles devem nos levar para mais perto de Deus e causar em nós esta oração: “venha teu Reino e seja feita Tua vontade assim na terra como no céu”. Usa-me Senhor como instrumento do Teu Reino, como agente de transformação!

Notas Bibliográficas

1 CHAMPLIN, Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, vol. 4, p. 182
2 J. Dwight PENTECOST, Designed to be like Him, p.267-275.
3 Ibidem, p.272
4 Elias Dantas FILHO, A linha do Tempo da vida de um líder. In: BARRO e KOHL (orgs.). Liderança Cristã Transformadora, p.253
5 KOHL, Liderança Cristã Transformadora, p.50
6 MENEZES, ibid., p.208
7 LOPES, C.M. “Mobilizando igreja local para uma Missão Integral Transformadora”. In: BARRO e KOHL (orgs.). Missão Integral Transformadora, p.148
8 MENEZES, ibid., p.209
9 Luiz Augusto Correa BUENO. “Discipulado cristão: o estilo de vida de uma liderança que transforma”. In: BARRO e KOHL (orgs.). Liderança Cristã Transformadora, p.231
10 Ibidem.

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Anônimo disse...

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