Todos os que assistiram a cerimônia do funeral do cantor Michael Jackson puderam ver a emoção que pairava no ar na despedida de este grande personagem da música pop mundial. Quem esperava um “mega show” ou um “circo de entretenimento” pôde presenciar um grande culto, de ordem mundial, em gratidão a Deus pela vida deste homem que marcou indelevelmente e mudou a cultura musical no mundo. Com o coral gospel louvando a Deus, cantores e oradores falaram do amor de Deus não somente para os familiares, mas para todo o mundo! Eu não pretendo discutir o mérito da fé de Michael Jackson, se ele temia ou não a Deus, mas gostaria que pensássemos um pouco sobre a palavra que o Rev. Lucious Smith falou em sua oração final: “sabemos agora que até o rei do pop deve dobrar seus joelhos diante do Rei dos reis”!
A Palavra do Senhor afirma que “é melhor ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois naquela se vê o fim de todos os homens; e os vivos que o tomem por consideração” (Ec. 7:2). Acredito que podemos “tomar consideração” com a morte do Michael Jackson e assim extrair algumas lições para nossa vida. Gostaria de compartilhar três lições que andei refletindo.
Em primeiro lugar, aprendi que a vida é transitória e precisamos investir no que é eterno. Talvez a realidade nua e crua que enfrentamos com a morte deste ícone da música mundial é que, no final, ele só era uma pessoa que veio e que se foi, não passava de pó (Ec. 12:7). Ele queria ser eternamente criança, mas isso só é possível quando estamos com o “Eterno”. Não só isso. Percebo que investimos tanto tempo e tanto esforço naquilo que é transitório e passageiro e tendemos a nos esquecer que estamos caminhando para a eternidade! Agora, podemos lembrar das palavras de Cristo: “que adiante o homem ganhar o muno inteiro e perder a sua alma”? O glamour, a fama, o estrelismo, tudo isso é passageiro. Precisamos nos apegar a algo que seja maior que isso, que seja eterno. Precisamos de Cristo!
Em segundo lugar, aprendi que , no final, o legado que deixaremos para as pessoas não é o tanto que conquistamos ou fazemos para obter, mas o que somos e o que amamos realizar! Aqui está um detalhe muito importante e que faz toda a diferença. O mundo talvez teve a oportunidade de ali ver não uma “estrela” ou uma “celebridade”, mas uma pessoa como qualquer um, com seus defeitos e problemas, mas que tinha suas qualidades como filho, amigo e pai; com suas limitações, contudo com seus dons e talentos únicos. O grande segredo de Michael, e que serve para todos nós, foi que ele viveu ao máximo e com excelência sua vida com todo o horizonte de possibilidades diante dele, superando seus traumas e dificuldades para ser apenas o que simplesmente era. Ele fez de tudo para ser o melhor, não melhor que outros, mas o melhor que ele podia ser! Eu acredito que aprenderemos a viver melhor se descobrirmos o que Deus tem para nós e vivê-lo de forma intensa e excelente!
Por fim, a última lição que aprendi é que devemos tratar bem daquele que vão chorar em nosso funeral! Foi emocionante ver sua filha dizendo que ele foi o melhor pai do mundo. A gente tem que pensar em quem vai chorar por nós e amá-los e tratar bem deles. Na sua vida, sabemos que Michael sofreu muito na sua infância, com a acusações sobre sua conduta moral e sexual, a perseguição da mídia, e outras coisas mais, e quem sabe, por causa disso, ele tentou desenvolver um estilo de vida mais voltado para seus filhos, protegendo-os das injustiças que ele sentia que estava passando. Colocando o exagero aparte, o mundo viu que havia pessoas que choraram por Michael e isso ele conseguiu conquistar! Acredito que nunca é demais amar as pessoas ao nosso lado; pedir perdão, liberar perdão; fazer a diferença, etc., e quem sabe quando partirmos, eles vão chorar por nós!
Eu não quero parecer um defensor de Michael Jackson, mesmo porque tenho muitas coisas que não concordei com ele, devido a suas decisões erradas, atitudes imaturas, traumas não resolvidos, etc., no entanto, é importante pensarmos que a morte em si é um chamado à reflexão em como temos vivido ou queremos viver nossa vida. Temos investido no que é eterno ou no transitório? Que legado estamos deixando para as pessoas e para o mundo? Como temos tratado as pessoas em nossa volta ou que Deus nos confiou para amarmos? Enfim, que estas e outras reflexões possam provocar em nós o sentimento profundo e verdadeiro de mudança porque, um dia, todos nós nos prostraremos também diante do Rei dos reis!
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Pastor, parabéns. Gostei demais do seu texto. Realmente eu esperava ver um palco armado para "show" nessa homenagem, mas percebi que Deus usou o momento para falar para muitos povos sobre a importância de nos voltarmos para a Sua Santa presença naquele evento que se tornou um grande culto.
Um dia todos nos prostraremos na presença do Rei dos Reis.
Oxalá que esse grande artista tenha encontrado a Deus no mais íntimo do seu coração, com sinceridade, até o seu último fôlego de vida.
Meu coração se alegraria em vê-lo com Deus, pois foi um talento (um levita) quase que inigualável, mas que sofreu várias perturbações, acusações e opressões ao longo de sua vida.
Um grande abraço, que Deus continue nos abençoando e nos guiando até o grande dia. A Paz.
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