
A Palavra do Senhor afirma que “é melhor ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois naquela se vê o fim de todos os homens; e os vivos que o tomem por consideração” (Ec. 7:2). Acredito que podemos “tomar consideração” com a morte do Michael Jackson e assim extrair algumas lições para nossa vida. Gostaria de compartilhar três lições que andei refletindo.
Em primeiro lugar, aprendi que a vida é transitória e precisamos investir no que é eterno. Talvez a realidade nua e crua que enfrentamos com a morte deste ícone da música mundial é que, no final, ele só era uma pessoa que veio e que se foi, não passava de pó (Ec. 12:7). Ele queria ser eternamente criança, mas isso só é possível quando estamos com o “Eterno”. Não só isso. Percebo que investimos tanto tempo e tanto esforço naquilo que é transitório e passageiro e tendemos a nos esquecer que estamos caminhando para a eternidade! Agora, podemos lembrar das palavras de Cristo: “que adiante o homem ganhar o muno inteiro e perder a sua alma”? O glamour, a fama, o estrelismo, tudo isso é passageiro. Precisamos nos apegar a algo que seja maior que isso, que seja eterno. Precisamos de Cristo!
Em segundo lugar, aprendi que , no final, o legado que deixaremos para as pessoas não é o tanto que conquistamos ou fazemos para obter, mas o que somos e o que amamos realizar! Aqui está um detalhe muito importante e que faz toda a diferença. O mundo talvez teve a oportunidade de ali ver não uma “estrela” ou uma “celebridade”, mas uma pessoa como qualquer um, com seus defeitos e problemas, mas que tinha suas qualidades como filho, amigo e pai; com suas limitações, contudo com seus dons e talentos únicos. O grande segredo de Michael, e que serve para todos nós, foi que ele viveu ao máximo e com excelência sua vida com todo o horizonte de possibilidades diante dele, superando seus traumas e dificuldades para ser apenas o que simplesmente era. Ele fez de tudo para ser o melhor, não melhor que outros, mas o melhor que ele podia ser! Eu acredito que aprenderemos a viver melhor se descobrirmos o que Deus tem para nós e vivê-lo de forma intensa e excelente!
Por fim, a última lição que aprendi é que devemos tratar bem daquele que vão chorar em nosso funeral! Foi emocionante ver sua filha dizendo que ele foi o melhor pai do mundo. A gente tem que pensar em quem vai chorar por nós e amá-los e tratar bem deles. Na sua vida, sabemos que Michael sofreu muito na sua infância, com a acusações sobre sua conduta moral e sexual, a perseguição da mídia, e outras coisas mais, e quem sabe, por causa disso, ele tentou desenvolver um estilo de vida mais voltado para seus filhos, protegendo-os das injustiças que ele sentia que estava passando. Colocando o exagero aparte, o mundo viu que havia pessoas que choraram por Michael e isso ele conseguiu conquistar! Acredito que nunca é demais amar as pessoas ao nosso lado; pedir perdão, liberar perdão; fazer a diferença, etc., e quem sabe quando partirmos, eles vão chorar por nós!
Eu não quero parecer um defensor de Michael Jackson, mesmo porque tenho muitas coisas que não concordei com ele, devido a suas decisões erradas, atitudes imaturas, traumas não resolvidos, etc., no entanto, é importante pensarmos que a morte em si é um chamado à reflexão em como temos vivido ou queremos viver nossa vida. Temos investido no que é eterno ou no transitório? Que legado estamos deixando para as pessoas e para o mundo? Como temos tratado as pessoas em nossa volta ou que Deus nos confiou para amarmos? Enfim, que estas e outras reflexões possam provocar em nós o sentimento profundo e verdadeiro de mudança porque, um dia, todos nós nos prostraremos também diante do Rei dos reis!
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Pastor, parabéns. Gostei demais do seu texto. Realmente eu esperava ver um palco armado para "show" nessa homenagem, mas percebi que Deus usou o momento para falar para muitos povos sobre a importância de nos voltarmos para a Sua Santa presença naquele evento que se tornou um grande culto.
Um dia todos nos prostraremos na presença do Rei dos Reis.
Oxalá que esse grande artista tenha encontrado a Deus no mais íntimo do seu coração, com sinceridade, até o seu último fôlego de vida.
Meu coração se alegraria em vê-lo com Deus, pois foi um talento (um levita) quase que inigualável, mas que sofreu várias perturbações, acusações e opressões ao longo de sua vida.
Um grande abraço, que Deus continue nos abençoando e nos guiando até o grande dia. A Paz.
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