Feliz Natal! Saudação tão importante, mas que tem perdido seu real significado para os dias de hoje. Num mundo cada vez mais escravizado pelo capitalismo e uma geração mais enclausurada no individualismo, o Natal parece mais um momento de soltar às rédeas do egoísmo e lambuzar a alma pródiga nos prazeres do consumismo. Os “natais” modernos, com seu cenário opulento, colocam no centro de seu presépio a manjedoura do “ego” e gritam: supram “minhas” necessidades! Satisfaçam “meus” interesses! Realizem "meus" sonhos! Comercializando a solidariedade, Sob o marketing de “dar presentes”, as lojas anunciam suas promoções e descontos especiais. Parasitando o clima de paz, os shopping centers, com todo seu brilho, atraem milhares de “filhos pródigos”. Começa a correria na expectativa de encontrar a melhor roupa; comprar o melhor sapato; renovar os móveis de casa; trocar de televisão, computador, e quem sabe, trocar até de carro, etc. É o Natal dos panetones, dos perus e dos pernis saborosos. Tempo de ter e comer. É natal! Natal luzidio, exuberante e gordo - nédio natal!
Agora, e o Aniversariante!? Onde Ele fica nesta história? Digo mais, será que ainda há lugar para Ele em nossa historia?! A verdade é que substituímos a manjedoura da autonegação pelo “berço de ouro” da vaidade! Damos mais atenção às figuras coadjuvantes ao invés de visualizarmos o Ator principal; decoramos árvores, ao invés de adorarmos o Criador delas; satisfazemo-nos com as luzes coloridas, ao invés de contemplarmos o Sol da justiça que a todos ilumina; fazemos festas mirabolantes ao invés de aproximarmos mais da estrebaria da simplicidade onde o Cristo está!
“Eu sei o sentido do Natal” diz uma canção antiga. Será que realmente sabemos o verdadeiro sentido do Natal? A mensagem do Natal nos confronta com um chamado: o chamado à humildade – ...antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou.(Fl 2:7-8); o chamado ao amor – porque Deus amou o mundo que deu Seu único Filho (Jo 3:16)... se Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros (1Jo 4:11); o chamado à verdade – e o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade (Jo 1:14); o chamado à missão - como o Pai me enviou eu também vos envio a vós (Jo 20:21).
Ora, se isso significa Natal, então é isso que devemos celebrar. Celebrar o nascimento do nosso Redentor. Celebrar porque Ele veio até nós para que pudéssemos ir até o Pai. Celebrar porque Sua vinda trouxe-nos vida, e vida em abundância. Celebrar a Sua Graça, porque nos enche de gratidão. Celebrar Seu Natal, porque Ele nasceu em nossos corações e nos deu um novo nascimento!
Como os pastores naquela noite fria, contemplemos e glorifiquemos ao Deus encarnado. Como os magos do oriente, ofereçamos tudo que temos e somos Àquele que tudo é e tudo pode. Como os anjos no céu, proclamemos a glória de Deus nas maiores alturas e a paz entre os homens! É com este coração transformado, celebrante e infinitamente grato que abrimos os lábios e dizemos para o Deus Emanuel: Te louvamos pela encarnação! E para todos anunciamos: é natal! Experimentem o Natal! Tenham todos um feliz Natal! Aleluia!
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Muito bom! Gostei demais!
É constrangedor, fazermos parte da família de Deus e ainda assim, nos pegarmos fazendo o papel do filho pródigo, pulverizando os Shoppings Centers! Mais constrangedor ainda, é saber que o nosso maravilhoso Pai, por amor, a cada dia nos dá mais uma chance!
Glória a Deus!
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