A igreja reformada sempre ergueu sua bandeira da justificação pela fé, se opondo a uma teologia de indulgências que contradiz as Escrituras. Este é um dos distintivos cruciais de nossa profissão de fé. Foi isso que Lutero, Zwinglio e Calvino afirmaram: Deus não precisa do que fazemos para Ele a fim de fazer valer o que Ele fez na cruz do Calvário por nós. Nossa salvação não depende de obras, mas única e exclusivamente da Graça de Deus, em Cristo Jesus.
Esta afirmação, na verdade uma confissão, serve para fundamentar o meu protesto e profunda tristeza a respeito do que hoje já se fala das “indulgências do evangelicalismo”. Infelizmente, muitas igrejas evangélicas têm sido criticadas, e com razão, por abusar da fé dos fieis, no quesito financeiro. Faço uma pausa para fazer um esclarecimento porque me refiro não a igrejas evangélicas históricas, as quais têm suas origens e caráter teológicos na Reforma protestante, mas as igrejas evangélicas que tem suas origens nas primeiras décadas do século 20, nos Estados Unidos, cuja ênfase teológica se baseia na confissão positiva e na prosperidade.
Eles estão em todo lugar, a todo vapor, ocupando todos os espaços físicos e midiáticos e, geralmente, tem crescido quantitativamente de uma forma expressiva, especialmente nos países pobres e em desenvolvimento. Provavelmente a razão para tal sucesso seja a linguagem contextual e uma abordagem bem atrativa para as massas com o anseio de transcendência financeira.
Parece mesmo uma volta as indulgencias do período medieval. A impressão que se dá é que a contribuição se tornou um meio de obter graça especial de Deus. É uma nova versão para os sacrifícios no Antigo Testamento. É fácil ligar a TV e assistir a programas tipicamente evangélicos, fazendo apelos financeiros de uma forma totalmente espiritualizada. E o mais incrível, usam o nome de Deus para financiar seus luxuosos e projetáveis programas eclesiásticos!
Não estou questionando muito menos julgando as motivações destes líderes. De forma alguma. Estou apenas chamando a atenção para o fato que tem havido uma inversão de valores na mentalidade e no comportamento evangelicais, devido ao uma ênfase exagerada na prosperidade. Não sou contra o crente ser bem sucedido financeiramente, só que a marca de uma vida abençoada por Deus nem sempre é a prosperidade material. Tomando a viúva pobre como exemplo de espiritualidade (Luc 21:1-4), Deus não está nem um pouco interessado no “quanto” damos a Ele, e sim no “como” estamos dispostos a viver somente para Sua glória, dando-Lhe tudo que possuímos.
É bom deixar claro, para início de conversa, que Deus não precisa de nosso dinheiro para ser mais ou menos Deus sobre nós e nem mesmo para nos abençoar. Ele é o dono do ouro e da prata (Ag 2:8). Ele é suficiente para Si mesmo. Tudo que Ele precisa – se é que precisa de alguma coisa- Ele encontra em Si. Esta verdade precisa estar infundida em nossos corações.
Certa vez, o próprio Jesus criticou os fariseus da sua época porque valorizavam mais o ouro sobre o altar do que o altar que santificava o ouro (23:17). Aqui Ele contrapõe a uma mentalidade distorcida dos fariseus sobre a matéria. Em outra ocasião, Ele repreende os mesmos legalistas, porque estes apoiavam uma ação totalmente contraditória à vontade de Deus ao ponto de afirmar que um filho poderia ofertar (quorban – oferta) algo ao Senhor e deixar sua família passar necessidade, invalidando a Lei de Deus que ensinava a honra aos pais (Mt 15:5). Deste modo, fica claro nas Escrituras, e corroborado por Jesus, que Deus não exige de nós dinheiro algum para Ele nos amar.
Contudo, Ele nos ensina que o dinheiro pode se tornar um grande empecilho para nós O amarmos! Jesus viu isso no coração daquele jovem rico (Luc 18:18-23). Ele louvou a atitude de Zaqueu porque a sua riqueza foi posta em segundo plano (Luc 19:1-10). E ensinou aos seus discípulos que o amor exagerado ao dinheiro, o acúmulo de riquezas, pode cegar as pessoas de ver e entrar no reino dos céus (Mt 19:23).
O meu ponto é claro: Deus não é a favor das indulgências materiais, porque elas contradizem a obra suficiente de Cristo na Cruz. Contudo, Deus pede que sejamos verdadeiros adoradores servindo-O com toda nossa vida, nossos planos e, inclusive, nossos bens. Acredito que somos chamados para contrapor a esta concepção e prática distorcidas referente a contribuição dos santos. Os dízimos e as ofertas, ao invés de refletirem o desprendimento (servir a Deus e não o dinheiro) e a generosidade (amar o próximo) do povo de Deus – estes eram seu objetivo original – eles têm se tornado meios de barganha com Deus a fim de conquistar seus favores e suas bençãos. absurdo. Contrário a este pensamento, as Escrituras declaram que Deus tem nos abençoado “com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo ” (Ef. 1:3). Isso quer dizer simplesmente que o que faz Deus nos abençoar não é o que temos ou deixamos de ter, o que damos ou deixamos de dar, mas são os méritos de Cristo através de Sua obra suficiente e eficaz na Cruz.
Esta afirmação, na verdade uma confissão, serve para fundamentar o meu protesto e profunda tristeza a respeito do que hoje já se fala das “indulgências do evangelicalismo”. Infelizmente, muitas igrejas evangélicas têm sido criticadas, e com razão, por abusar da fé dos fieis, no quesito financeiro. Faço uma pausa para fazer um esclarecimento porque me refiro não a igrejas evangélicas históricas, as quais têm suas origens e caráter teológicos na Reforma protestante, mas as igrejas evangélicas que tem suas origens nas primeiras décadas do século 20, nos Estados Unidos, cuja ênfase teológica se baseia na confissão positiva e na prosperidade.
Eles estão em todo lugar, a todo vapor, ocupando todos os espaços físicos e midiáticos e, geralmente, tem crescido quantitativamente de uma forma expressiva, especialmente nos países pobres e em desenvolvimento. Provavelmente a razão para tal sucesso seja a linguagem contextual e uma abordagem bem atrativa para as massas com o anseio de transcendência financeira.
Parece mesmo uma volta as indulgencias do período medieval. A impressão que se dá é que a contribuição se tornou um meio de obter graça especial de Deus. É uma nova versão para os sacrifícios no Antigo Testamento. É fácil ligar a TV e assistir a programas tipicamente evangélicos, fazendo apelos financeiros de uma forma totalmente espiritualizada. E o mais incrível, usam o nome de Deus para financiar seus luxuosos e projetáveis programas eclesiásticos!
Não estou questionando muito menos julgando as motivações destes líderes. De forma alguma. Estou apenas chamando a atenção para o fato que tem havido uma inversão de valores na mentalidade e no comportamento evangelicais, devido ao uma ênfase exagerada na prosperidade. Não sou contra o crente ser bem sucedido financeiramente, só que a marca de uma vida abençoada por Deus nem sempre é a prosperidade material. Tomando a viúva pobre como exemplo de espiritualidade (Luc 21:1-4), Deus não está nem um pouco interessado no “quanto” damos a Ele, e sim no “como” estamos dispostos a viver somente para Sua glória, dando-Lhe tudo que possuímos.
É bom deixar claro, para início de conversa, que Deus não precisa de nosso dinheiro para ser mais ou menos Deus sobre nós e nem mesmo para nos abençoar. Ele é o dono do ouro e da prata (Ag 2:8). Ele é suficiente para Si mesmo. Tudo que Ele precisa – se é que precisa de alguma coisa- Ele encontra em Si. Esta verdade precisa estar infundida em nossos corações.
Certa vez, o próprio Jesus criticou os fariseus da sua época porque valorizavam mais o ouro sobre o altar do que o altar que santificava o ouro (23:17). Aqui Ele contrapõe a uma mentalidade distorcida dos fariseus sobre a matéria. Em outra ocasião, Ele repreende os mesmos legalistas, porque estes apoiavam uma ação totalmente contraditória à vontade de Deus ao ponto de afirmar que um filho poderia ofertar (quorban – oferta) algo ao Senhor e deixar sua família passar necessidade, invalidando a Lei de Deus que ensinava a honra aos pais (Mt 15:5). Deste modo, fica claro nas Escrituras, e corroborado por Jesus, que Deus não exige de nós dinheiro algum para Ele nos amar.
Contudo, Ele nos ensina que o dinheiro pode se tornar um grande empecilho para nós O amarmos! Jesus viu isso no coração daquele jovem rico (Luc 18:18-23). Ele louvou a atitude de Zaqueu porque a sua riqueza foi posta em segundo plano (Luc 19:1-10). E ensinou aos seus discípulos que o amor exagerado ao dinheiro, o acúmulo de riquezas, pode cegar as pessoas de ver e entrar no reino dos céus (Mt 19:23).
O meu ponto é claro: Deus não é a favor das indulgências materiais, porque elas contradizem a obra suficiente de Cristo na Cruz. Contudo, Deus pede que sejamos verdadeiros adoradores servindo-O com toda nossa vida, nossos planos e, inclusive, nossos bens. Acredito que somos chamados para contrapor a esta concepção e prática distorcidas referente a contribuição dos santos. Os dízimos e as ofertas, ao invés de refletirem o desprendimento (servir a Deus e não o dinheiro) e a generosidade (amar o próximo) do povo de Deus – estes eram seu objetivo original – eles têm se tornado meios de barganha com Deus a fim de conquistar seus favores e suas bençãos. absurdo. Contrário a este pensamento, as Escrituras declaram que Deus tem nos abençoado “com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo ” (Ef. 1:3). Isso quer dizer simplesmente que o que faz Deus nos abençoar não é o que temos ou deixamos de ter, o que damos ou deixamos de dar, mas são os méritos de Cristo através de Sua obra suficiente e eficaz na Cruz.
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Olá
Uma ótima postagem, assim como o restante do blog. Parabéns pelo seu trabalho, já estou sendo seu seguidor.
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Um pouco além do óbvio.
Abraço.
N'Ele, a autoridade máxima em matéria de salvação.
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