Agora é o “Trízimo”!

Parece brincadeira, mas não é. O autodenominado apóstolo Valdemiro Santiago, da igreja Mundial do Poder de Deus, chegou a pedir dos fieis o “Trízimo”, ou seja, 30% de toda a renda. Ele disse que este “Trízimo” era para distribuir entre as três pessoas da Trindade: 10% para o Pai, 10% para o Filho e 10% para o Espírito Santo. Acesse o link e leia a noticia: http://noticias.gospelmais.com.br/apos-pedir-trizimo-apostolo-valdemiro-santiago-pode-estar-comprando-aviao-de-48-milhoes-de-dolares.html

Sinceramente, estou perplexo e sem palavras diante de tantas “baboseiras” (melhor dizendo: blasfêmias) que têm sido ditas em nome de Deus. Um dia desses, apareceu uma pastora afirmando que Jesus levou seus discípulos para uma “balada”; outro dia, dois pastores homossexuais disseram estar “realizando” um sonho ao se unirem civilmente, e ainda colocando Jesus no meio! Agora esta do “trízimo”... Onde vamos parar!?

Eu tenho por mim que estamos vivendo a era da iniquidade, aquela a que Jesus se referiu dizendo: “e por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos” (Mt.24:12). Isso foi dito há quase 2 mil anos atrás! E lá, nosso Senhor, falando acerca desta geração do engano, disse que este tempo também seria marcado pelo surgimento de falsos cristos e falsos profetas operando sinais e prodígios! Só que Ele continua e diz que estes agentes da mentira enganariam a muitos, e se possível, até os eleitos de Deus (Mt. 24:24).

Queridos, diante do que tenho visto e ouvido ultimamente, não temo dizer que esta doutrina de pedir o “Trízimo”, e outras que mencionamos aqui como “Jesus e os discípulos na balada” e “o casamento homossexual abençoado por Deus”, etc., não vem da boca de Deus (Jr. 23:16). E se não vem de Deus, é falso ensinamento e deve ser rejeitado. Precisamos voltar para as Escrituras, e sermos como os crentes de Beréia (At. 17:11), que tudo o que ouviam examinavam na Palavra de Deus para ver se o que eles estavam recebendo tinha confirmação na Bíblia.

A Palavra de Deus afirma que os dízimos, que eram como ofertas a Deus, tinham uma função específica: suprir as necessidades dos levitas, dos estrangeiros, dos órfãos e das viúvas entre o povo de Deus (Dt. 14:29). Isso significa que o propósito primordial da oferta dos dízimos, alem de ser um ato de adoração a Deus, era de repartir e compartilhar de forma generosa. Deus estava ensinando o princípio da verdadeira unidade e comunhão no corpo de Cristo (ter tudo em comum At. 2:44-45).

Simples não é? E é isso! Não devemos deixar que um ensinamento tão lindo como este seja corrompido por pessoas mal-intencionadas que querem se aproveitar e se beneficiar da boa vontade dos mais símplices. Isso é injusto e crueldade. Deus trará a justa paga para os que tais coisas praticam (Lam 3:64).

Certamente, muitas pessoas continuarão se enxameando atrás destes homens, até porque seu discurso, que não tem cruz nem arrependimento e tampouco santidade de vida, é agradável aos ouvidos. Mensagens positivas que só trazem “bençãos” arrastam multidões. Aliás, quem não quer a sua “bênção”!? Entretanto, uma coisinha fica tinindo em meus ouvidos: que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Mt.16:26). As bênçãos têm seu lugar, mas quando elas tomam o lugar do Abençoador se tornam um perigo. Que adianta ter a “bênção”de Deus e não ter o “Deus” da benção?! Por isso, aos eleitos de Deus, se vocês me ouvem (ou leem), ainda que estejam aí dentro das “sinagogas de Satanás” (Ap. 2:9), permita-me dizer-lhes algo: não se deixem enganar! Quem tem olhos, leia! Quem tem boca, fale! Quem tem ouvidos, ouça!