A páscoa é uma das principais festividades dos judeus e dos cristãos. Os cristãos de todas as ramas – católicos, ortodoxos, protestantes e neopentecostais celebram a páscoa. Para os judeus, a páscoa é uma maneira de celebrar a libertação do povo de Israel da escravidão do Egito. Já para os cristãos, a páscoa representa o oferecimento sacrificial de Cristo, como o Cordeiro Pascal, e sua ressurreição de Cristo, trazendo a real libertação da escravidão do pecado. A pascoa original, registrada em Êxodo capítulo 12, aponta para sua real significação na pessoa e obra de Cristo. Cristo morreu na sexta-feira da semana da páscoa e ressurgiu no dia de sua celebração.
No hebraico, a páscoa, pesáh significa passar por cima no sentido de poupar. A instituição da festa está registrada no livro de Êxodo, capítulo 12. Deus institui esta festa para que as gerações futuras pudessem se lembrar do livramento que Ele operou a favor dos filhos de Israel quando estes estavam escravizados pelos Egípcios. O objetivo da festa era então lembrar-se com um coração grato a Deus!
Celebrada no 14º dia do primeiro mês do calendário hebraico, o mês de abibe - março/abril no hemisfério sul - a festa da Pascoa era a festa do Cordeiro. O cordeiro representava o sacrifício cujo sangue livrou o povo de Deus da morte. Quando Deus ia ferir o povo, Ele pediu para que sacrificassem um cordeiro e colocasse do seu sangue nos umbrais da porta para que o anjo de morte, ao passar, pudesse poupar aquela casa que tinha o sangue do cordeiro. Por isso, vem o termo páscoa, que significa passar por cima, poupar (Ex: 12:5-7;12;22-23;27).
Na celebração da Pascoa, o povo tinha de recordar o sofrimento do da Escravidão. Ervas Amargas (maror) eram comidas durante a refeição da Pascoa para simbolizar o sofrimento da vida no Egito (Ex: 12:8), ver também Nm 9:11. Deus levou tanto em conta o sofrimento do povo que ao celebrar a páscoa eles tinham de lembrar o sofrimento dele e o tamanho do livramento de Deus.
Deus ordenou que a Pascoa fosse guardada e celebrada todo o ano, porque nela estava não apenas a memoria da libertação passada, mas a promessa da real libertação que viria. A Pascoa apontava para Cristo. Jesus morreu na semana da páscoa, numa sexta-feira, um dia antes da preparação da páscoa (Jo 19:14) ressurgindo no primeiro dia da semana, no dia da celebração da páscoa. No dia em que ele e seus discípulos celebravam sua última páscoa aqui na terra, ele tomou dois dos elementos da páscoa e fez uma aplicação especial. O pão e o vinho agora simbolizariam seu sacrifício na Cruz. O pão representa o corpo de Cristo, dado e partido por nós; e o vinho, seu sangue derramado por nós (Mc 14:12; Mt 26:26-28). Jesus é nosso cordeiro pascal (1Cor 5:7). Sua morte sacrificial nos liberta da escravidão do pecado.
1 Coríntios 5:7-8 Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. 8 Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade.
A Pascoa não é o momento de comer chocolate, ou celebrar um coelhinho que bota ovos, mas é um momento de expressar nossa Fé no cuidado e proteção de Deus. Deus nos livrou do castigo eterno pelo sacrifício de Cristo. É momento também de desenvolvermos a comunhão verdadeira, porque esta festa era celebrada em famílias. E acima de tudo, é um momento de gratidão. Ao celebrar a páscoa, os israelitas relembrariam seus sofrimentos e a ação poderosa de Deus a favor deles. O resultado desta memória seria gratidão a Deus por seu amor e cuidado. Jesus também disse na última Pascoa/Céia: “em memória de mim”, significando que ao lembrarmo-nos de tudo o que Cristo realizou por nós, poderíamos ser gratos de coração ao Senhor.
0 Deixe aqui seu comentário::
Postar um comentário