Algo me preocupa no capitalismo: onde está Deus? Alias quem é Deus no capitalismo? Ele é o provedor de todas as coisas, a fonte de todas as bênçãos, ou um fetiche que justifica a ganância humana? João Calvino, que lançou as bases para o que se chama hoje de capitalismo, pregava que pelo trabalho o indivíduo tem o direito adquirir bens e que Deus abençoa o trabalho digno. Isso é bíblico: “no suor do rosto comerás o teu pão” (Gn 3:19). No entanto, uma coisa é trabalhar reconhecendo que tudo vem de Deus, e outra é fazer de Deus um trampolim para validar o desejo desenfreado por riquezas!
O próprio Jesus ensina que não podemos servir a dois senhores, a Deus e as riquezas - no grego: mamom (Mt. 6:24). Observa que Jesus coloca as riquezas como objeto de veneração. Servir a Deus e servir às riquezas são duas realidades excludentes entre si. O nosso coração não fica sem senhor. Ou ele está submisso a Deus, como seu Senhor, ou está ao poder do dinheiro; Ou estamos amando um em detrimento do outro, ou estamos aborrecendo um em função do outro. O pecado não está no dinheiro em si, mas quando transferimos nosso amor que deve ser de Deus, ao dinheiro. Tiago fala do amor do dinheiro (Tg 6:10) que é a raiz de todos os males!
“In God we trust” (Em Deus nós confiamos), “Deus seja louvado”... Estas frases estão escritas nas notas de Dollar e Real. Agora eu pergunto: que deus é este? O Deus bíblico digno de toda adoração e louvor, Provedor de todas as coisas, ou o deus Mamom, das riquezas? Como se exige veneração de Deus no dinheiro, e proíbe a mesma adoração a Ele na política e nas escolas, etc? Sou obrigado a concluir que este “deus” não é o Deus da Bíblia, mas o deus mamon, do dinheiro, do capitalismo!
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