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EM BUSCA DO JESUS HISTÓRICO


E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens (Lc 2:52 ARA)

Desde o século 18, alguns teólogos liberais têm estado em busca do Jesus histórico, numa tentativa de saber mais acerca do lado humano de Jesus. Eles querem provar que o Jesus da história é compatível com o Cristo da fé. Entretanto, devido a falta de documentos confiáveis que relatam acerca da infância e juventude de Cristo – como o evangelho de Tomé, por exemplo – este empreendimento pode por em risco a doutrina da Revelação das Escrituras. Neste ponto, podemos perguntar  até que ponto nossa fé realmente precisa se apoiar em dados históricos? Será que realmente cremos nos Escritos do Evangelho, ou precisamos de algo a mais, uma informação extra para firmar nossa fé? Assim, a disputa não é pelo campo da história e sim pelo campo da fé. Porque se deslocamos o eixo revelacional escrituristico para a história, corremos o risco de descreditar a autoridade da revelação das Escrituras, e sua suficiência para nossa fé!

No entanto, as Escrituras nos informam suficientemente o que precisamos saber acerca do lado histórico de Jesus. Lucas é o Evangelista que mais relata sobre a infância de Jesus. Ele registra o nascimento de Jesus (Lc 2:1-7), sua circuncisão e consagração (Lc 2:21-24). Ele descreve o crescimento saudável de Jesus desde a infância até a pré-adolescência (Lc 2:39-40) e relata um acontecimento quando Jesus tinha doze anos (Lc 2:42) demonstrando que o menino Jesus, a todo instante, tinha consciência de sua missão. No final, Lucas conclui dizendo que Jesus era submisso aos pais (Lc 2:51), e que se desenvolvia em todas as áreas: física, intelectual, social e, sobretudo, espiritual - “ E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens” (Lc 2:52 ARA).

O objetivo de Lucas é tenta suprir esta lacuna de informação sobre o período da infância e juventude de Cristo mantendo o foco em seu caráter e sua missão. De certa forma, ele não se preocupou em querer explicar tudo acerca de Jesus, mas em informar apenas o que era suficiente para nós, sem nos desviar do propósito. Por exemplo: foi necessário e suficiente saber que Jesus era submisso aos  pais, pois revela seu caráter santo, agora não é necessário saber se Jesus brincava de bolinha de gude ou soltava pipas quando era adolescente; foi necessário e suficiente saber que Jesus crescia em sabedoria estatura e graça, diante de Deus e dos homens, mostrando que ele foi uma pessoa integra, agora não é necessário saber qual escola ele estudou e quem foi seu professor! O ponto central das Escrituras é manter o foco no caráter e na missão de Jesus, e isso é necessário e suficiente para nós!

Por isso afirmei que esta frenética busca pelo Jesus histórico não é uma luta pela história de Jesus, mas uma batalha pela fé em Jesus! É fato que realmente sabemos muito pouco acerca da história da humanidade de Jesus, especialmente entre sua infância e seu batismo. No entanto, precisamos responder uma questão ainda mais séria: até que ponto dependemos de dados históricos para firmar nossa fé em Jesus? As Escrituras Sagradas têm autoridade e suficiência para nós, ou precisamos de outra fonte, extra bíblica, para validar nossa fé? Reafirmando a autoridade e suficiência da Bíblia como revelação, que possamos nos bastar com o que a Escritura nos informa sobre a vida de Jesus, sabendo que o que temos é suficiente para nós. Depois, que nos contentemos em não ir além dos limites que ela nos permite ir e parar de perguntar quando ela se silencia!

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Anônimo disse...

Sou catolico e entrei um pouco por acaso no seu blog,portanto, me limitarei a fazer um breve comentario, se e que me permite. Essa imagem que esta no alto da pagina parece ser de um saqueiro,um pedreiro,quem sabe um lutador de boxe que levou muitos golpes durante a sua carreira,especialmente no nariz.Se nao estou enganado,foi uma suposta aproximacao da Sagrada Face de meu Divino Redentor,muito mal feita por uma equipe da Inglaterra e totalmente desfigurada da realidade do Divino Mestre.Aos catolicos e imputada a gravissima falta de idolatria de imagens.Pois bem, nao se podera,entretanto, imputar a um catolico o mal gosto,e neste caso ``gravissimo``,de utilizar uma imagem tao horrenda quanto a que o sr. postou no seu blog....Simplismente horrivel,sem palavras....

Ivani Medina disse...

Somente na mente de crentes e em benefício da própria fé, a história da origem do cristianismo pode ser acolhida como se apresenta. É contada no Novo Testamento, e apenas nele existe. Portanto, nada há de científico no seu acatamento. Trata-se de um ato de imposição política.
Toda essa conversa de “Cornélio Tácito, respeitado historiador romano do primeiro século, escreveu: “O nome [cristão] deriva-se de Cristo, a quem o procurador Pôncio Pilatos executou no reinado de Tibério.” Suetônio e Plínio, o Jovem, outros escritores romanos daquela época, também se referiram a Cristo. Além disso, Flávio Josefo, historiador judeu do primeiro século, escreveu sobre Tiago, a quem identificou como “o irmão de Jesus, que era chamado Cristo”. Não vale meio centavo furado. Por quê?
Porque, inicialmente, nenhum dos primeiros apologistas cristãos se referiu a nenhuma dessas “provas” fabricadas posteriormente ou a partir do século IV. Por quê?
Porque o cristianismo surgiu no século II e a “história” contada e situada na Palestina no século I é pura invenção. Oh! Não pode ser! Pode sim. Lembra de que nos primórdios havia uma contenda entre os cristãos? Pois então, Uns queriam um Cristo espiritual e outros um Cristo de carne e osso, o “histórico”. Os primeiros aspiravam pelo aprimoramento espiritual do indivíduo na luta contra o judaísmo. Os segundos estavam determinados a vencer e subjugar o judaísmo. Para tanto necessitavam de uma ligação mais convincente com a cultura judaica. Mais por quê?
Porque nos primeiros séculos o proselitismo judaico avançava perigosamente sobre a cultura greco-romana e o número de convertidos plenos crescia de forma preocupante. A pressão de certa camada das classes altas pressionava o governo a tomar uma atitude e assim foi feito. O imperador Adriano (117-138) proibiu a circuncisão em todo o Império, um dos principais motivos da guerra contra os judeus, de 132.
A conversão ao judaísmo seguia passos obrigatórios que levavam tempo. No final do processo o prosélito era circuncidado e somente a partir daí era aceito como membro da nação de Israel. Isto significa que a aceitação dos pagãos, em especial gregos e romanos, pelo judaísmo era ampla e perigosa para a cultura dominante na época. Todavia, o sucessor de Adriano, Antonino Pio (138-161), relaxou um pouco as medidas antijudaicas, mas manteve a proibição da circuncisão sob pena de morte somente para não judeus. Daí uma legião de prosélitos incircuncisos, que jamais seria aceita na nação de Israel, recebe atenção de uma nova religião alegadamente surgida de uma seita judaica que havia abolido a circuncisão e a rigidez mosaica abrindo concorrência com o judaísmo real.
Detalhe: quem eram esses divulgadores ou propagandistas dessa nova religião?
Judeus reformistas insatisfeitos com o judaísmo tradicional? Não. Eram gregos na maioria e uns poucos latinos, os mais incomodados com o proselitismo judaico, a liderar tal iniciativa.
É só pensar um pouquinho: pelo teor das suas mensagens, Jesus, precisava ser judeu? Não. Por que os fariseus (defensores do judaísmo ortodoxo) foram tão esculachados pelos evangelhos e os judeus em geral pela história cristã? Por que a crucificação do personagem Jesus foi creditada aos malévolos judeus? Essa é uma história de ódio. Engana-se quem quiser. O Jesus histórico é uma invenção da ala vitoriosa do cristianismo primitivo na ânsia de submeter o judaísmo e a nossa cultura não quer que isto apareça se não ela se ferra. Pronto.

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