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REFREANDO A LÍNGUA!

Diante da visão da Soberania e da Santidade gloriosa de Deus, Isaias enxerga sua própria pecaminosidade. De forma específica, ele dá nome ao seu próprio pecado. Ele afirma: “ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos”(Isa 6:5). O pecado de Isaias era o pecado da língua e Deus não minimizou a gravidade daquele pecado. Os “lábios impuros” de Isaias, na verdade, era o grande empecilho que afastava Isaias da vontade e dos planos maravilhosos de Deus.
A LÍNGUA E ESPIRITUALIDADE
O apóstolo Tiago afirma que se alguém diz ser religioso, mas não refreia sua língua, sua religião é vã (Tg. 1:26). Para ele, o homem perfeito, ou maduro, é aquele que não tropeça no falar (3:2). Este “tropeçar no falar” parecia ser a grande dificuldade que Tiago estava enfrentando na igreja. Alguns problemas foram causados pelo descontrole da língua, destruindo assim a comunhão no Corpo de Cristo. Ele então descreve o poder destrutivo da língua, dizendo que a língua é fogo (3:6), indomável, mal incontido e veneno mortífero (3:8), e compara a língua como o leme que, mesmo pequeno, conduz um grande navio (3:4-5). A língua é um pequeno membro, mas que faz grandes estragos! Ele diz: “Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva”! (v.5)
O problema da língua não é uma questão de personalidade, mas de caráter e a espiritualidade do homem não é medida apenas pelo tanto que ele conhece mas está diretamente ligada àquilo que ele profere! Obviamente, Tiago não está defendendo uma religião só de palavras, mas uma religião que se expressa coerentemente através das palavras! Por isso, ele diz: “Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim” (3:9-10). É incoerente dizermos que amamos a Deus, A quem nunca vimos, e odiarmos nosso irmão que vemos diariamente (1Jo. 4:20). É incoerente bendizer a Deus com nossa língua, e, com a mesma amaldiçoar aquele que é feito à semelhança de Deus! Este tipo de religião vão e é também uma falsa espiritualidade!
OS PECADOS DA LÍNGUA
línguaComo Isaias, pecamos com nossos lábios. A nossa língua é como um instrumento que podemos utilizar tanto para o bem ou para o mal. No livro de Provérbio está escrito: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto” (Pv 18:21). Infelizmente, pecamos em não utilizar bem nossos lábios. Dois dos Dez Mandamentos falam sobre o não pecar com os lábios. O primeiro tem a ver com nosso relacionamento com Deus, para não tomarmos o Nome de Deus em vão (Ex. 20:3) e o segundo tem a ver com nossos relacionamentos sociais, para não dizermos falso testemunho contra nosso próximo (Ex. 20:16). Observa os mandamentos destacam o uso dos lábios e das palavras!
A Bíblia afirma que há pecados que se concentram especificamente nos lábios, ou seja, naquilo que proferimos. Veja algumas passagens:
Efésios 4:29 Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem.
Colossenses 3:9 Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos
1Coríntios 10:10 Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador.
Efésios 4:31 Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia.
1Pedro 3:10 Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente;
Jesus reforçou a importância de cuidarmos do que falamos porque Deus vai nos julgar até pelas palavras. Ele disse: Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo (Mat 12:36).
O MEXERIQUEIRO E AS CONTENDAS
A Bíblia explica que muitas contentas no meio da igreja são provenientes de uma prática pecaminosa muito destrutiva: a fofoca! O Livro de Proverbio fala que “O mexeriqueiro revela o segredo; portanto, não te metas com quem muito abre os lábios” (Pv 20:19). E Pedro diz se quisermos viver uma vida feliz devemos evitar falar mal dos outros. Ele diz: “Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente” (1Pe 3:10). E Tiago diz enfaticamente para não falarmos mal um dos outros. Ele diz: “Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz” (Tiago 4:11).
O problema da fofoca é que ela, além de pecado, causa alguns estragos nos relacionamentos. Porque com a fofoca vem...
A difamação (falar mal) - Salmo 15:3 “o que não difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho”
A Injúria (mal julgamento) - 1Pedro 3:9 “não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança.
As contendas - Filipenses 2:14 “Fazei tudo sem murmurações nem contendas”.
REFREANDO A LÍNGUA!
O maior desafio é controlar a língua; vigiar o que falamos. Em Provérbios lemos que “O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si mesmo se arruína” (Pv.13:3). A verdade é que a pessoa que não refreia sua língua não apenas arruína sua vida, como arruína também a vidas de outras pessoas!
Lembra do que Tiago faltou, que a língua é indomável? Como isso se harmoniza com o refrear a língua? Observa que são duas situações distintas. É possível por freio na língua (Tg. 3:2) no entanto, a ideia de indomável, deve ser entendida naquilo que ele afirma de um fogo incontrolável (3:5). Quando as palavras são faladas e se espalham causando um dano irreversível. Noutras palavras, o que ele está dizendo é que os efeitos de uma palavra proferida pode causar um estrago muito grande e pode ser incontrolável!
Mas temos uma ordem: refrear nossa língua antes que seja tarde demais!
CONCLUSÃO
Que oremos como o salmista: “Põe guarda, SENHOR, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios” (Salmo 141:3). E se porventura ainda temos pecado em nossos lábios, que o Senhor faça conosco como fez com Isaias, que depois de confessar, o texto diz que “um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado” (6:6-7).

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